Nesta segunda-feira (11), a pressão de alta sobre os preços do boi gordo perdeu força, resultando em estabilidade nos valores da arroba em todas as 17 regiões produtoras monitoradas pela Agrifatto.
Segundo a consultoria, o volume de negócios continuou insuficiente para estender as escalas de abate além de cinco dias, na média nacional.
“É importante destacar que as chuvas pausaram, a lama nos confinamentos reduziu, e os pecuaristas estão avaliando se devem vender o gado em terminação ou aguardar um pouco mais”, observa a Agrifatto.
Pelos dados da consultoria, tanto o boi gordo “comum” quanto o “boi-China” continuam valendo R$ 335/@ no mercado paulista. Nas 16 outras regiões acompanhadas pela empresa, a média permaneceu em R$ 307,15/@.
“Pelo segundo dia seguido, as 17 praças monitoradas mantiveram suas cotações inalteradas”, ressalta a Agrifatto.
Segundo a Scot Consultoria, neste início de semana, muitas indústrias seguem avaliando o desempenho das vendas de carne bovina durante o fim de semana, o que resultou em estabilidade nos preços do boi gordo.
Na praça paulista, diz a Scot, os compradores abriram a semana com os mesmos preços da sexta-feira (8/11). “Houve negócios pontuais na sexta-feira para o “boi China” em R$ 340/@, mas tal referência ainda não está consolidada no mercado”, relata a consultoria
Com isso, pelos números da Scot, o boi “comum” e “boi-China” estão valendo R$ 335/@ em São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 307/@ e R$ 317/@, respectivamente.
“Boi-futuro” em queda
No mercado futuro, a última sexta-feira (8/11) foi marcada por um predomínio de pessimismo, resultando em desvalorizações em todos os contratos do boi gordo, informa a Agrifatto, comv base nos dados da B3.
O contrato com vencimento em dezembro/24 apresentou a maior queda, encerrando a semana valendo R$329,50/@, uma desvalorização de 0,86% em relação ao dia anterior.
Segundo a Agrifatto, durante a última semana, houve uma diminuição no volume de contratos em aberto de futuros e opções no mercado de boi gordo, com uma queda de 4,66%, resultando em 92,62 mil contratos, o menor nível desde 16 de maio de 2024.
“Essa redução foi mais pronunciada nas opções, que recuaram 5,89%, totalizando 56,66 mil contratos, um declínio impulsionado pelas CALLs, que caíram 20,35% entre 31 de outubro e 07 de novembro, enquanto as PUTs aumentaram 8,15%, indicando uma descrença na continuidade do movimento de alta”, relata o relatório da Agrifatto enviado aos seus assinantes.
A proporção entre CALLs e PUTs ajustou-se para 42%-58%, com uma retomada no crescimento das PUTs. Nos contratos futuros, também houve uma redução de 2,66% nos contratos em aberto, totalizando 35,97 mil, informa a consultoria
“Destacaram-se os Investidores Institucionais, que aumentaram sua posição vendida em 36,24%, atingindo um saldo de 2,25 mil contratos”, relata a Agrifatto.