O Dia de Campo “Estratégia de Intensificação à Pasto no Alto Pantanal” na Fazenda Cotta, em Rio Verde do Mato Grosso. Ação que teve por objetivo promover a troca de experiência quanto as boas práticas de manejo da pecuária na região. O Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), promoveu com sucesso o Dia de Campo “Estratégia de Intensificação à Pasto no Alto Pantanal” na Fazenda Cotta, em Rio Verde, Região Norte de Mato Grosso do Sul.
O evento realizado no sábado, 16 de março, reuniu pecuaristas, técnicos e especialistas em uma jornada de aprendizado e troca de experiências visando aprimorar o manejo da pecuária na região. A Fazenda Cotta serviu como cenário ideal para a discussão e demonstração de práticas inovadoras de manejo intensivo de pastagens. Com o crescente desafio de aumentar a produtividade e a sustentabilidade na pecuária, o evento se propôs a apresentar soluções práticas e acessíveis para os produtores locais.
A iniciativa ofereceu aos participantes uma programação completa, com palestras e visitas guiadas à área de manejo. Com destaque para a apresentação dos resultados e técnicas de manejo, em uma área de 50 hectares de Panicum maximum cv Massai implantada na propriedade. Área essa que está sob a assistência técnica da Agraer e tem obtido bons resultados com o pastejo intermitente e lotação variável (pastejo rotacionado).
A programação incluiu palestras, com os zootecnistas da Agraer, Vitor Oliveira e João Roberto Felipe, que abordou os “Conceitos de manejo de pastagens” e “Implantação, manejo e perspectivas do pastejo rotacionado intensivo com o capim Massai”, respectivamente. Além do veterinário e diretor-executivo da ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável), Silvio Balduíno, que ministrou a palestra “Produção de carne sustentável no Pantanal”.
Alto Pantanal
A intensificação da pastagem na região do Alto Pantanal apresenta um grande potencial para aumentar a produtividade da pecuária na região. Através do manejo adequado, é possível aumentar a lotação dos animais, reduzir custos e melhorar a qualidade da carne.
As fazendas de pecuária de corte no Alto Pantanal são caracterizadas predominante por grandes áreas e baixa produtividade, devido à utilização de sistemas de produção à pasto, com espécies forrageiras de baixa produção e alta rusticidade, resultando em baixa capacidade de suporte e baixa taxas de lotação. Nesse contexto, destaca-se Braquiaria humidícula, que possui baixa qualidade nutricional, mas é tolerante à encharcamento por períodos curtos. Isso faz com que sua utilização seja confortável para os sistemas de produção e cultura local.
Entretanto, é possível encontrar glebas drenadas que possibilitem a adoção de espécies de gramíneas mais produtivas e de melhor qualidade nutricional, oportunizando o aumento da capacidade de lotação da fazenda, ou até mesmo, o descanso das áreas menos produtivas no período das áreas.