Na noite da última quinta-feira (21), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, realizaram uma reunião com produtores da fruticultura para dialogar sobre o cenário do setor e ações de fomento. O encontro ocorreu na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília.
“Foi um encontro muito satisfatório, recebemos demandas importante e nos comprometemos a ajudar os produtores. Estamos trabalhando para ter essa relação mais próxima com as demandas do agro brasileiro”, pontuou o ministro Fávaro sobre a reunião. “Nada resiste ao trabalho. Na medida que o governo vai trabalhando, os resultados vão aparecendo”, completou.
O ministro também destacou que a reunião partiu de um pedido do presidente Lula, que tem o objetivo de trazer diversas áreas da agropecuária brasileira para dialogar sobre as demandas setorizadas. Segundo ele, esta é a primeira neste formato mais descontraído e posteriormente serão realizados outros encontros, como por exemplo, com o setor do café, do algodão, da floresta plantada, do bioinsumos e seguir conforme as necessidades.
No contexto da avaliação do setor de fruticultura, os produtores elogiaram a retomada do diálogo com o poder executivo. “Fomos muito bem recebidos. Hoje foi um atestado que o governo quer ouvir todos os setores do agro. Esse apoio que nós estamos recebendo é muito importante”, destacou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho.
Ainda, em conversa com a imprensa, o presidente da Abrafrutas foi questionado sobre sua avaliação sobre o recebimento das demandas do setor na reunião. “A fruticultura precisa de uma atenção especial, mas eu tenho certeza de que o governo está preocupado com isso. O governo vai abrir mercado, o governo tem o crédito e vai ver a questão da mosca da fruta”, respondeu.
O diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, destacou a relevância da reunião. “No dia a dia temos uma relação próxima com o Ministério da Agricultura. Agora, você ter a chancela do presidente da República para endereçar essas políticas públicas, coloca a interlocução dos setores em um nível completamente diferente”, evidenciou.
“A reunião de hoje foi um passo muito importante em direção ao futuro que a gente quer sobre o posicionamento do agronegócio brasileiro no mercado internacional. O presidente Lula ouviu, não só atentamente os pleitos dos setores, como ele quis entender certas complexidades”, completou Ibiapaba Netto. “É isso que um setor espera de um governo. É ver sua estrutura trabalhando para essa abertura de negócio e que isso possa trazer mais riquezas para o país”, concluiu.
Na fala final, o ministro Fávaro também lembrou que esta não foi a primeira reunião setorizada do agronegócio com o Governo Federal. Pontuou que já ocorreu encontro no Palácio do Planalto com o setor de óleos vegetais, que levaram suas demandas sobre a mistura do biodiesel e que hoje podem contar com o apoio da atual gestão. Também relatou o encontro com o setor de carnes, onde debateram sobre a ampliação na abertura de mercados para exportação, pauta que é uma das prioridades do governo, que tem foco no reestabelecimento de parceiros estratégicos no comércio exterior.
Também participaram do encontro o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Contexto
Em 2023, as exportações de frutas atingiram patamar recorde, com US$ 1,3 bilhões. No total, foram exportados mais de 1,1 milhão de toneladas. Os principais destaques são: mangas (US$ 314,4 mi); melões (US$ 189 mi); uvas (US$ 185 mi); limões e limas (US$ 174 mi); e conservas e preparações de frutas (US$ 116 mi), sem contar sucos.
Ainda, segundo Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), a fruticultura teve superávit nas exportações de quase 27% e o setor responde por 16% de toda a mão de obra do agronegócio.