Menu
Busca quinta, 26 de dezembro de 2024
Busca
(67) 3345-4200
Campo Grande
Previsão do tempo
21º
Pecuária

Preços de boiadas recuam R$ 5/@, e animal com padrão-exportação vale R$ 340/@, aponta Scot

Alta generalizada na oferta de animais terminados a preços reduzidos fez com que o volume negociado crescesse, permitindo um alongamento das escalas de abate, afirma Agrifatto

06 dezembro 2024 - 13h48Por Portal DBO
Preços de boiadas recuam R$ 5/@, e animal com padrão-exportação vale R$ 340/@, aponta Scot

Apesar da oferta limitada de boiadas, o escoamento da carne segue fraco, informa a Scot Consultoria, acrescentando que, em São Paulo, a ordem de compra para todas as categorias de abate caiu R$ 5/@ nesta quinta-feira (5/12).

Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 5/12 pela Agrifatto; clique AQUI.
Com isso, a cotação do boi gordo “comum” recuou para R$ 335/@, enquanto a vaca e a novilha gordas fecharam o dia valendo R$ 310/@ e R$ 327/@,  respectivamente, de acordo com os dados da Scot.

O “boi-China”, por sua vez, está cotado em R$ 340/@ no mercado paulista, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum”.

Pela apuração da Agrifatto, nesta quinta-feira, o preço médio do boi gordo recuou para R$ 325/@, tanto o animal sem padrão-exportação quanto o “boi-China” – portanto, pelo levantamento desta consultoria, atualmente não há ágio entre as duas categorias.

Nas 16 outras regiões monitoradas pela Agrifatto, a média da cotação do boi gordo também teve retração, ficando em R$ 306,60/@.

Segundo a Agrifatto, por conta da intensa pressão de baixa sobre os valores de boiadas, na quarta-feira (4/12) os preços do boi gordo recuaram em 8 das 17 praças monitoradas, registrando ajustes negativos em GO, MA, MG, MS, MT, PA, RO e TO.

Na mesma quarta-feira, continua a Agrifatto, a praça do Rio Grande do Sul apresentou uma leve valorização, enquanto outras 8 regiões mantiveram suas cotações inalteradas: AC, AL, BA, ES, PR, RJ e SC.

“O aumento generalizado e significativo da oferta de animais terminados a preços reduzidos, em Estados como PA, TO, RO e AC, fez com que o volume negociado crescesse, permitindo um alongamento das escalas de abate”, observa a Agrifatto, acrescentando que, atualmente, as programações estão mais confortáveis, com uma média nacional de nove dias de abate.

Segundo apuração da equipe de analistas da Scot, “parte dos compradores está fora do mercado e os que estão na ativa pressionam os preços da arroba”.

Por outro lado, continua a Scot, a ponta vendedora ficou na retranca, “realizando negócios de maneira mais compassada, dando tempo ao tempo”.

Entre os frigoríficos paulistas, calcula a Scot, as escalas de abate estão, em média, para uma semana, tendo por base a redução dos dias de abate, em decorrência do escoamento vagaroso da carne.

No entanto, dizem os analistas da Scot, a expectativa é que o consumo de carne bovina melhore no curto prazo, devido às comemorações de final do ano, trazendo sustentação aos preços e segurando a pressão de baixa.

Mercado futuro segue com fortes desvalorizações
Na quarta-feira (4/11), o contrato futuro do boi gordo com vencimento em abril/25 fechou o pregão da B3 cotado a R$ 288,30/@, com desvalorização de 4,38% em relação ao dia anterior – foi a maior queda entre todos os contratos.

Queda da arroba interfere no atacado
Na capital paulista, as vendas no varejo e as distribuições do setor atacadista de carnes com ossos têm apresentado um desempenho razoável desde o início desta primeira semana de dezembro/24, informa a Agrifatto.

“Isso resultou em um volume mediano de pedidos de reposição nos estoques do varejo”, completa a consultoria, que também prevê tempos melhores no período de festas: “Ao longo da semana, ocorreram raras devoluções parciais por problemas de qualidade dos produtos, o que indica que, de modo geral, o mercado está fluindo regularmente, com potencial de melhora nas próximas semanas de dezembro”.

Preços dos cortes em queda
Na última quarta-feira, mesmo com uma demanda ainda fraca, as negociações semanais começaram a enfrentar quedas de média intensidade nos preços de todos os produtos com ossos, tanto para o consumo direto quanto para industrialização, como o charque.

“Isso ocorreu por conta da significativa desvalorização da arroba nos últimos dias, o que refletiu em uma acomodação natural nas cotações da carne com ossos e também da desossada”, ressalta a Agrifatto.

Nesta quinta-feira (5/12), a movimentação mantém o mesmo ritmo lento e a mesma tendência de ontem. “Os preços (dos cortes bovinos) ainda não encontraram um ponto de equilíbrio”, observa a consultoria.