Os preços da arroba do boi gordo subiram em todo o Brasil nos primeiros dias de janeiro.
O escoamento da produção no final do ano superou as expectativas, resultando em uma maior procura por boiadas para atender à composição das escalas desde o começo do ano.
Para a ponta vendedora, a pressão está reduzida. As chuvas regulares e as pastagens em boas condições permitem que os pecuaristas administrem o ritmo das vendas.
Para a ponta compradora, após o impulso gerado pelas festividades de fim de ano é esperado um ritmo mais lento nas vendas de carne. Esse cenário é devido às despesas adicionais como o IPVA e IPTU, matrícula e compra de material escolar, além, do pagamento dos gastos de fim do ano. Sem contar o período de férias escolares.
Em dezembro, o Brasil exportou 202 mil toneladas de carne bovina in natura. Apesar de ser o menor volume mensal exportado no segundo semestre, esse foi o segundo maior volume registrado em um mês de dezembro, ficando atrás apenas de dezembro de 2023. A recuperação nos embarques foi impulsionada nas duas últimas semanas do mês.
Neste ano, até a segunda semana de janeiro, foi exportado 66,4 mil toneladas de carne bovina in natura, com uma média diária de 9,5 mil toneladas. Esse volume representa um aumento de 14,9% na média diária em relação ao mesmo período de 2024. O preço médio por tonelada atingiu US$5,1 mil, alta de 11,8%, na comparação feita ano a ano, enquanto o faturamento cresceu 28,5%.
No curto prazo, os preços do boi gordo devem seguir firmes. Para exportação, um ponto de atenção é o anúncio feito pelo governo chinês em 27/12, que iniciou uma investigação sobre as importações de carne bovina devido ao excesso de oferta e aos preços internos em queda (dumping).