Um gráfico com a representação da atribuição, uso e ocupação das terras no Brasil foi a primeira imagem projetada para o debate sobre produção agropecuária e preservação ambiental em painel do Global Agrobusiness Forum (GAF), realizado em São Paulo, SP, nos dias 25 e 26 de julho. Moderador da discussão, o chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, mostrou, no gráfico, que a análise dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Censo Agropecuário 2017 aponta 33,2% do território nacional destinado à preservação da vegetação nativa dentro dos imóveis rurais.
Bruno Barcelos, diretor-técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foi o primeiro debatedor no painel. Citando os números do gráfico apresentado por Spadotti, ele afirmou que a agricultura brasileira é sustentável, mas que alguns fatores geram percepções diferentes, especialmente fora do País. Na análise de Barcelos, o desmatamento ilegal, a dificuldade de implementação do Código Florestal e a falta de uma metodologia para inventário de gases de efeito estufa adaptada às condições brasileiras estão entre os principais desses fatores. Ele apontou algumas soluções: políticas claras de combate ao desmatamento ilegal e aos incêndios florestais, regularização fundiária e pagamento por serviços ambientais.
O presidente-executivo CropLife Brasil, Christian Lohbauer, chamou a atenção para o que ele chamou de uma “realidade emergencial”: os ambientes de produção degradando-se e a população crescendo, demandando alimentos, fibras e energia. A resposta, para o executivo, está na tecnologia. Terceiro debatedor no painel, o presidente do Instituto Nova Era, Vinicius Biagi Antonelli, mostrou a experiência da instituição na Amazônia.