O ágio, a diferença de preços é um conceito corrente na pecuária de corte, representando um preço adicional pago pela arroba de um bovino para reposição do rebanho em comparação com o boi gordo. Para os compradores de reposição, um ágio menor é sempre mais vantajoso.
Em outubro de 2024, até o momento, foi registrado o menor ágio dos últimos dez anos, que chegou em 9,4%.
A figura 1 ilustra a variação do ágio do bezerro em relação ao boi gordo, comparando os dados do mesmo mês nos últimos dez anos.
Figura 1.
Ágio do bezerro em relação ao boi gordo, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em porcentagem. Foram considerados os preços da desmama (6,0@ até 2021 e 6,5@ a partir de 2021 até 2024) e do boi gordo em SP. Fonte: Scot Consultoria
Na comparação feita semana a semana, observa-se que, a média de preços das categorias entre os estados monitorados pela Scot Consultoria, para machos anelorados subiu. O garrote se destacou cuja cotação média subiu 4,9%, seguido pelo bezerro de ano com 4,4%, o bezerro de desmame com 3,5%, e boi magro com 2,7%.
Para as fêmeas aneloradas o cenário também é de alta. Na comparação semanal, entre os estados analisados, o preço médio da bezerra de ano subiu 4,6%, seguida pela novilha com 3,7%, a bezerra de desmame com 3,6% e a vaca magra com uma variação de 0,3%.
No curto prazo, o cenário é de firmeza nas cotações, com boa expectativa devido ao retorno do período das águas favorecendo a recuperação das pastagens.
