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PECUÁRIA LEITEIRA

Oferta elevada mantém preços do leite ao produtor em queda 

Em dezembro, as importações brasileiras de lácteos caíram 4,34% em relação ao mês anterior

22 janeiro 2025 - 16h50Por Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Oferta elevada mantém preços do leite ao produtor em queda 

O preço do leite captado em novembro fechou a “Média Brasil” a R$ 2,6374/litro, recuo de 6,4% em relação ao mês anterior, mas alta de 25,9% frente a novembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de novembro). A progressão da safra e o consequente aumento sazonal da oferta no campo influenciam o movimento de desvalorização do leite cru, que deve continuar sendo observado nos próximos meses. Pesquisas do Cepea ainda em andamento apontam desvalorização de cerca de 2% para o leite captado em dezembro/24.
  
Preços dos lácteos seguem em baixa

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) aponta que os preços dos produtos lácteos seguiram em queda em dezembro. Dentre os itens analisados no atacado do estado de São Paulo, o leite UHT registrou a maior baixa, de 3,16%, em relação ao mês anterior, com a média passando para de R$ 4,24/litro. Para o leite em pó (400g) e o queijo muçarela, os recuos foram menores, de 1,06% e 0,69%, a R$ 31,23/kg e R$ 32,28/kg, respectivamente.
  
Compras de lácteos caem, enquanto vendas externas têm nova alta em dezembro
Em dezembro, as importações brasileiras de lácteos caíram 4,34% em relação ao mês anterior e 11,39% frente ao mesmo período do ano passado (dezembro/23). As exportações, por sua vez, aumentaram 15,55% no comparativo mensal, mas diminuíram 7,25% no anual. Como resultado, o déficit da balança comercial (em volume) recuou 4,8% de novembro para dezembro, para aproximadamente 194,8 milhões de litros em equivalente leite, gerando saldo negativo de US$ 80,2 milhões.
  
Custos com nutrição animal e taxa de câmbio desfavorável elevam gastos em 2024
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 0,21% em dezembro na "média Brasil" (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), acumulando alta de 2,88% em 2024. A valorização anual, por sua vez, reflete sobretudo os aumentos do último trimestre. Além dos maiores custos com nutrição animal, a baixa disponibilidade de pasto e o clima desfavorável foram os principais responsáveis por elevar os gastos. Também pesou sobre os custos a desvalorização do Real frente ao dólar – já que muitos insumos da atividade são importados ou têm seus preços determinados no mercado internacional.