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MS lidera "jogo" mundial da celulose com nova fábrica em Ribas do Rio Pardo

Nova fábrica possui capacidade instalada para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano

06 dezembro 2024 - 13h58Por Com informações da Semadesc
MS lidera "jogo" mundial da celulose com nova fábrica em Ribas do Rio Pardo

Gerando três mil empregos diretos e indiretos e com investimentos de R$ 22,5 bilhões, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, inaugurou oficialmente nesta quinta-feira (05) a sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo. O “Projeto Cerrado”, que levou quatro anos para ser concluído, confirma Mato Grosso do Sul a nível global como o Vale da Celulose. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck que participou na manhã de hoje (05) da cerimônia oficial de inauguração da fábrica.

A solenidade contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, do governador do Maranhão, Carlos Brandão, da ministra do Planejamento Simone Tebet, autoridades federais, estaduais e municipais, além de empresários e representantes de entidades ligadas ao setor.

Durante a cerimônia, Lula destacou que o trabalho árduo de milhares de “trabalhadores que plantam, semeiam, e produzem” dentro da Suzano é fruto do crescimento da empresa e da economia do país. “Outra sorte que eu tenho é que a massa salarial cresceu 11,9%. É o maior crescimento desde que a gente começou a medir”, frisou, durante o discurso.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a inauguração da fábrica “é uma verdadeira revolução para a região”. “Nós vamos mudar o nome do estado, quem sabe, para o estado da celulose, porque aqui é o vale mundial da celulose”, disse a ministra.

“A nova fábrica eleva MS a um status global de Vale da Celulose, que gera riqueza, encadeamento produtivo, que traz renda para as pessoas do nosso Estado”, avaliou Verruck.

Para Beto Abreu, diretor presidente da Suzano, a empresa é um exemplo de economia sustentável e circular. “É um exemplo de industrialização, porque além de produzir 2.5 milhões de celulose, temos na verdade um polo industrial. O ácido sulfúrico é produzido com uma fábrica aqui. O peróxido é produzido com uma fábrica aqui. O gás que nós precisamos, produzimos através da biomassa localmente. E toda a energia que esse polo industrial precisa, também produzimos de forma renovável, abastecendo todo esse polo industrial e ainda tendo energia suficiente para colocar no grid e energia suficiente para abastecer todas as residências do estado do Mato Grosso do Sul com 3 milhões de habitantes”, comentou.

A maior planta de celulose em linha única de celulose do mundo entrou em operação no dia 21 de julho deste ano, resultado de um investimento de R$ 22,5 bilhões. “É o maior investimento da história de 100 anos da Suzano e um dos maiores investimentos privados do Brasil”, destacou o presidente da Suzano, David Feffer.

A nova fábrica possui capacidade instalada para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, ampliando a capacidade de produção de celulose da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20%.

Com quase 4 mil vagas de emprego na região, entre diretos e indiretos, em operações industriais, florestais e de logística, a nova unidade também ampliou a capacidade de produção da companhia em Mato Grosso Sul, que, com três fábricas em operação, chega a 5,8 milhões de toneladas de celulose anuais.

O governador Eduardo Riedel destacou o papel da inclusão do projeto que gera inúmeras vagas para mulheres, principalmente no viveiro de mudas. O local vai empregar cerca de 240 pessoas no total. O time de colaboradores é composto 85% por mulheres e foi qualificado por meio de programas de formação oferecidos pela própria Suzano, juntamente com seus parceiros institucionais, e é 100% formado por moradores e moradoras de Ribas do Rio Pardo.

“O setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade, para as mulheres, como nós estamos vendo aqui. Também tem a capacidade de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e todas as consequências de um crescimento dessa ordem que impõe ao Estado ações importantes, como educação, saúde e segurança pública nos municípios que sofrem esse tipo de impacto positivo”, destacou o governador.

Protagonismo
De acordo com o secretário, a equipe da Semadesc teve papel de destaque no empreendimento, desde a liberação desde a concepção até a consolidação do investimento. “É um projeto que a Semadesc acolheu desde o primeiro dia, desde a sua concepção, período de atração de investimentos e hoje consolidamos aqui a empresa, que vai gerar mais de 4 mil empregos em toda a região”, destacou o titular da Semadesc.

Também prestigiaram o evento os secretários-executivos de Desenvolvimento Econômico Sustentável Rogério Beretta, de Qualificação Profissional e Trabalho Esaú Aguiar, o secretário-executivo de Agricultura Familiar Humberto de Melo, o diretor presidente do Imasul André Borges, a diretora-presidente da Funtrab, Marina Dobashi,  a coordenadora de eventos Eli Francisco e o assessor especial de logística, Lucio Lagemann.

Verruck diz que o empreendimento está dentro da estratégia de desenvolvimento industrial prevista para o Estado. “O projeto está dentro das diretrizes que o Governo de MS trabalha, que é indústria com tecnologia, alto valor de produção e avançando sempre. O projeto tem um papel importante em posicionar o Mato Grosso do Sul como um grande player mundial na área de celulose”, finalizou Verruck.