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AVICULTURA EM EXPANSÃO

MS abate 178 milhões de aves em 2024 e consolida-se em 7º no ranking das exportações

Nos 12 meses, Mato Grosso do Sul exportou 181,1 mil toneladas de carne de frango, com a China na dianteira

03 fevereiro 2025 - 11h14Por Jornal Correio do Estado

Com uma produção de 177,9 milhões de animais abatidos em 2024, o setor da avicultura de corte de Mato Grosso do Sul consolida-se no mercado externo como 7º maior exportador brasileiro e, ao mesmo tempo, comemora o seu melhor desempenho em abates dos últimos 7 anos.

Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023 o MS manteve-se em 11º lugar em número de animais.

Segundo Franciele Corneli, presidente da Associação dos Avicultores do Mato Grosso do Sul (Avimasul), a estimativa de produção para 2024 é de 400,2 milhões de toneladas de carne de frango.

"Esse crescimento pode estar relacionado a maior demanda por carne de frango, tanto no mercado interno quanto no externo, além de investimentos em tecnologia e eficiência na produção avícola", analisa.

Para ela, o aumento no abate de aves no Brasil e, especificamente em Mato Grosso do Sul, "reflete uma combinação de fatores de mercado, investimentos na cadeia produtiva e políticas públicas eficazes que impulsionam o setor avícola".

De 2023 para 2024, de acordo com números disponibilizados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), o número de animais abatidos em 2024 representa uma alta de 5% em relação aos 169,87 milhões de 2023.

No acumulado de 2024, o MS exportou US$ 368,9 milhões e 181,1 mil toneladas de carne de frango, representando aumento de 0,6% na receita e crescimento de 12% no volume quando comparado ao resultado de 2023.

Enquanto isso, o Brasil exportou US$ 9,52 bilhões, 0,91% mais que o valor vendido em 2023. As 5,12 milhões de toneladas de carne de frango exportadas pelo Brasil no ano de 2024 foi 3% maior que o volume de 2023.

Principais destinos
De acordo com o Boletim Casa Rural de janeiro-2025, da Famasul, a China foi responsável por 17,5% da receita de MS com as exportações de carne de frango no ano de 2024 e comprou 29,4 mil toneladas. O volume embarcado para os chineses reduziu apenas 0,21% em relação ao ano de 2023.

Por outro lado, o Japão – que ocupa a segunda posição com 16,1% da receita e volume de 30,4 mil toneladas – registrou alta de 27% no volume comprado quando comparado a 2023.

O Iraque, que ocupou a terceira posição com 8,9% de participação no total, o equivalente a 14,9 mil toneladas, registrou crescimento de 108% no volume comprado de um ano para o outro.

Em Mato Grosso do Sul predomina o sistema de produção por integração, com grandes indústrias – como JBS, BRF, Seara e Frango Bello – à frente do mercado e encabeçando a lista de maiores produtoras de carnes de aves no Brasil. O País detém o título de maior exportador do mundo. Estima-se que de cada 10 aves consumidas no planeta, 8 são originadas do Brasil.

"Não temos ainda cooperativas de produtores de frango no Estado, isso é um de nossos objetivos enquanto associação e uma necessidade para Mato Grosso do Sul", pondera Franciele Corneli.

Para 2025, a expectativa da associação é aumentar a produção em quantidade e em qualidade. "Queremos continuar assegurando que as granjas do Estado permaneçam livres de doenças, garantindo a biosseguridade e sanidade dos plantéis", desfecha.

Avicultura de corte em MS
A atividade é explorada em 36 municípios de Mato Grosso do Sul. Em onze meses de 2024, os três principais municípios produtores de frangos de corte para abate, respondendo por 49,95% de toda a movimentação no Estado, foram:

Sidrolândia (com 29,26%),
Itaquiraí (10,38%) e
Dourados (10,31%)
Frango vida

Em Sidrolândia, segundo projeções da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), 83 avicultores inscritos no programa Frango Vida receberam R$ 12,7 milhões em 2023, recursos que foram convertidos em modernização das unidades de produção.

Naquele ano, em MS, 286 avicultores foram beneficiados com o repasse de R$ 36,5 milhões no primeiro ano de aplicação do programa, criado em 2003 no âmbito do Proape (Programa de Avanços da Pecuária de Mato Grosso do Sul).

Em 2024, o incentivo para os produtores aumentou para R$ 64,5 milhões, abrangendo 306 granjas de 31 municípios de Mato Grosso do Sul.