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Pecuária

Mercado do boi voa em "céu de brigadeiro"

Refletindo o otimismo atual, a expectativa é de que os reajustes nos preços da arroba continuem no curto e médios prazos, acreditam as consultorias do setor

16 setembro 2024 - 15h13Por Portal DBO

Os preços do boi gordo seguem com tendência de alta, mantendo a trajetória das últimas semanas, que foram marcadas pelo movimento intenso de valorizações da arroba, tanto no mercado físico quanto nos contratos futuros da B3, relatam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro.

“Em contraste com o horizonte marrom e cinza, resultado da poeira, do ar poluído causados pelas queimadas catastróficas que afetam grande parte do País, o mercado do boi gordo continuou voando em ‘céu de brigadeiro’”, resume a Agrifatto, fazendo um balanço do setor ao longo desta semana.

Segundo a consultoria, refletindo o otimismo atual, a expectativa é de que os reajustes nos preços da arroba continuem em médio prazo, “impulsionados pelo movimento consistente do varejo doméstico observado na primeira quinzena de setembro, além do crescente volume de exportações de carne bovina in natura, que tem levado à quebra de recordes mensais”.

Segundo os analistas da Scot Consultoria, as escalas de abate reduzidas, a menor oferta de boiadas gordas e a demanda aquecida sugerem novos reajustes positivos da arroba já nos próximos dias.

“O escoamento consistente da carne bovina e a oferta limitada estão sustentando os preços, com possíveis ajustes no curto prazo”, ressalta a consultoria.

Na praça paulista, de acordo com os dados da Scot, o mercado do boi gordo fechou a sexta-feira (13/9) com preços estáveis, depois de uma alta acumulada ao longo da semana.

“Nos últimos dias, o boi gordo (SP) subiu de R$ 245/@ para R$ 255/@”, destaca a Scot.

Entre as outras categorias terminadas, as cotações também andaram de lado nesta sexta-feira, em São Paulo, com a novilha gorda, a vaca gorda e o “boi-China” valendo R$ 245/@, R$ 230/@ e R$ 260/@, respectivamente (preços brutos, no prazo), de acordo com a Scot.

Em linha com a Scot, a Agrifatto também apurou estabilidade no mercado de São Paulo, com o preço do boi gordo fechando a sexta-feira (13/9) em R$ 255/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China).
Nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela consultoria, a cotação média do animal terminado também andou de lado, encerrando a semana em R$ 236,30/@ – veja ao final deste texto os preços atuais de todas as categorias de abate nas principais praças pecuárias do País.

Clima preocupa
A recuperação dos pastos nas regiões produtoras será um desafio para os pecuaristas, devido à seca prolongada e às queimadas que assolaram várias áreas, observam os analistas da S&P Global Commodity Insight.

“Com a escassez de boi de pasto, os produtores estão mais dependentes dos bois de confinamento, o que pressiona ainda mais os preços e limita a reposição de animais”, diz a S&P Global.

Na avaliação da consultoria, as condições climáticas adversas devem continuar impactando a oferta de animais terminados, influenciando de maneira intensa o mercado, no mínimo, até a chegada das chuvas.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (13/9):

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”,R$260,00. Média de R$260,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de cinco dias.

São Paulo — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abates de dez dias.

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$247,50. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias.

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de seis dias.