Nesta a quinta-feira (6/2), embora tenham sido registrados negócios para o boi padrão-China a R$ 335/@ em São Paulo, os preços dos animais terminados registraram estabilidade – não só na praça paulista, mas nas principais regiões monitoradas diariamente pelas empresas Agrifatto e Scot Consultoria.
Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 6/2 pela Agrifatto; clique AQUI.
Pelos dados da Agrifatto, o valor do boi gordo (média de preço entre o animal “comum” e o “boi-China”) permaneceu em R$ 325/@ em São Paulo. Nas 16 outras regiões acompanhadas pela consultoria, o valor médio também seguiu estável, fechando em R$ 300,95/@.
“Pelo segundo dia consecutivo, as 17 praças mantiveram as cotações inalteradas”, ressalta a Agrifatto.
Segundo apuração da Scot Consultoria, no mercado paulista, as escalas de abate dos frigoríficos seguem tendendo, em média, seis dias.
Nos balcões de negociação de São Paulo, o boi gordo “comum” seguiu apregoado em R$ 325/@ nesta quinta-feira, enquanto a vaca está valendo R$ 298/@, a novilha está cotada em R$ 315/@ e o “boi-China” é vendido por R$ 327/@.
Segundo a Agrifatto, além da praça de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso também registraram alguns negócios com valores acima da média de referência, especialmente para o boi destinado à exportação para a China.
“Embora a oferta de vacas continue elevada, a demanda industrial real é por bois, o que intensifica a pressão de alta sobre a arroba desses animais em regiões estratégicas”, observa a Agrifatto.
Porém, em Minas Gerais, Pará, Tocantins e Goiás, os frigoríficos mantêm escalas confortáveis, devido ao elevado volume de fêmeas disponíveis, o que contribui para a estabilidade dos preços da arroba.
Em contraste, continua a Agrifatto, as cotações do boi gordo em Rondônia e Acre estão propensas a sofrer um leve desaquecimento.
Estoques continuam cheios
Apesar das expectativas de crescimento no consumo doméstico de carne bovina, impulsionado pela injeção da massa salarial na economia brasileira, as vendas da proteína seguem em ritmo lento, com negociações difíceis, especialmente com a indústria de desossa, informa a Agrifatto.
“O mercado de carne desossada enfrenta um momento desafiador, com estoques elevados em frigoríficos e atacadistas, além da queda generalizada nos preços”, diz a consultoria.
Esse cenário impactou amplamente o setor e pode frustrar as expectativas de valorização parcial da carne com ossos, acrescentam os analistas.
Diante desse contexto, diz a Agrifatto, não se descarta uma diferenciação de preços, com carne proveniente de Estados mais distantes de SP – como AC, RO, PA e TO – sendo comercializada a valores até R$0,50/kg abaixo dos preços registrados em MS, GO, MG e PR.