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BOI GORDO

Maré mansa no mercado brasileiro, aponta Agrifatto

Mais um dia de estabilidade nos preços da arroba; frigoríficos seguem com escalas de abate confortáveis

22 março 2024 - 07h31Por DBO Rural

Apesar da fragilidade percebida no mercado físico do boi gordo, devido à pressão de baixa das indústrias frigoríficas brasileiras, os pecuaristas seguem gerenciando bem a oferta de gado, relata a Agrifatto, justificando a atual estabilidade nas cotações da arroba na maioria das praças do País.

“As escalas confortáveis de dez dias úteis continuam abrindo espaços para que os frigoríficos pressionem as cotações do animal terminado, embora com resultados acanhados”, reforça a consultoria.

Segundo reforça a Scot Consultoria, o mercado pecuário apresentou-se moroso nesta quinta-feira. “Com escalas de abate com média de dez dias, alguns frigoríficos encerraram as suas compras para a semana”, informa a Scot, referindo-se ao comportamento dos negócios envolvendo boiadas terminadas presentes nas fazendas do Estado de São Paulo.

Com a expectativa de queda no escoamento para o mercado interno de carne bovina, devido ao poder de compra do consumidor ser menor no final do mês, existe pressão no mercado, mas os preços se mantiveram estáveis na comparação diária, ressalta a consultoria.

Dessa maneira, no mercado paulista, o boi gordo está sendo negociado por R$ 230/@, a vaca gorda em R$ 205/@ e a novilha em R$ 220/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 235@ (base SP), com ágio de R$ 5/@ sobre o valor do animal terminado “comum”, completa a Scot.

Na B3, todos os contratos futuros do boi gordo apresentaram recuos na quarta-feira (20/3), o vencimento para março/24 ficou cotado a R$ 227,90/@, com desvalorização de 0,61% sobre o dia anterior.

China também pressiona

No mercado internacional, os importadores chineses seguem pressionando os preços da carne bovina brasileira. “Tal cenário se intensificou após as novas habilitações de plantas brasileiras”, afirmam os analistas da Agrifatto, que acrescenta: “O relato geral é que o mercado continua com dificuldades para validar as ofertas chinesas”.

As últimas ofertas da China para compra de dianteiro foram em US$ 4.200/tonelada, informa a Agritatto. “Este preço não é considerado satisfatório para os exportadores brasileiros e, com isso, as comercializações não avançam”, ressaltam o analistas.

Desova

A partir de meados de junho/24, prevê a Agrifatto, existe a possibilidade de um cenário mais complicado pelas condições climáticas adversas no Brasil, marcada pela degradação das pastagens naturais, o que deve reduzir a capacidade de retenção do gado.

“Isso provavelmente resultará em crescimento da oferta de animais para abate”, antecipam os analistas da Agrifatto, que recomendam: “Será importante acompanhar de perto os indicadores do mercado e as variações climáticas para determinar com precisão o momento exato em que os preços do boi gordo podem cair”.