O serviço de inteligência do 12º Batalhão da Polícia Militar entregou esta semana um relatório ao juiz da comarca de Itaquiraí, Eguiliell Ricardo da Silva, que mostra tentativa de extorsão, em Naviraí.
Segundo aponta a investigação, um grupo ameaçava invadir a fazenda Santa Dom Arlindo e em determinado momento os “sem-terra” disseram que aceitavam desistir da ação se recebessem pagamento de R$ 40 mil.
O comandante do Batalhão, o tenente-coronel Daniel de Souza Benevides, conta que a PM foi acionada para dar suporte aos proprietários da fazenda após conseguirem interdito proibitório, uma medida cautelar para garantir o direito de propriedade.
A fazenda pertence ao grupo Paquetá, forte na criação de bovinos usados para melhoramento genético. Tem 19 mil hectares e 28 mil cabeças, além lavouras de soja, milho e sorgo. Sabendo que a propriedade poderia ser invadida, os proprietários se anteciparam e foram à Justiça.
Diante da determinação, os policiais foram acionados e o serviço de inteligência acompanhou os envolvidos. Foi apurado que um homem e uma mulher eram os organizadores do movimento e estavam arregimentando pessoas, muitas que sequer eram sem-terra, para participar da invasão.
Eles diziam ter documento mostrando irregularidade em parte das terras da propriedade e propuseram trocar a invasão e o documento por dinheiro. O homem, segundo a PM, é funcionário do necrotério municipal e a mulher é assentada em Itaquiraí. Eles não falaram a qual movimento pertenciam.
Ela já tem passagens por calúnia e ameaça, mas, segundo o tenente-coronel as provas coletadas pelo serviço de inteligência não dão sustentação à prisão em flagrante, embora sirvam para respaldar o processo judicial.