As negociações entre frigoríficos e pecuaristas prosseguiram em um ritmo moderado e cauteloso ontem, 10 de abril, com um volume negociado apenas o suficiente para manter o atendimento das programações em nove dias úteis, na média nacional, informa a Agrifatto.
No entanto, diz a consultoria, caso essa modalidade operacional persista, existe o risco de encolhimento das escalas de abate em um ou dois dias, o que as tornaria menos confortáveis para os frigoríficos.
Na terça-feira (9/4), relembra a Agrifatto, três das 17 praças monitoradas pela consultoria registraram valorização da arroba: GO, MG e MS. As outras 14 mantiveram as suas cotações estáveis.
“O aumento da arroba em três regiões produtoras se deveu ao excelente desempenho das exportações na primeira semana de abril e à gradual melhora das vendas no varejo doméstico, especialmente de dianteiros, entre segunda-feira e hoje”, justifica a Agrifatto.
No entanto, continuam os analistas, é provável que, após essa onda de valorização da carne em ambos os mercados, os frigoríficos retomem à pressão baixista sobre os preços do animal terminado durante o período de transição da safra para a entressafra, o que pode resultar em uma desvalorização da arroba no médio prazo.
Ainda ontem, o preço da arroba em São Paulo permaneceu em R$ 227,50, de acordo com apuração da Agrifatto. Nas demais regiões, a média subiu para R$ 216,60 (veja tabela ao final deste texto).
“Todas as 17 praças acompanhadas mantiveram as suas cotações estáveis nesta quarta-feira”, informa a consultoria.
No mercado futuro, nesta terça-feira (na B3), os contratos futuros caminharam em direção oposta ao mercado físico e todos passaram por desvalorização em comparação ao dia anterior.
O contrato com vencimento para abril de 2024 encerrou o pregão cotado em R$ 231,15/@, o que constitui num recuo de 0,17% no comparativo diário.