Os preços futuros do boi gordo sofreram com pressão vendedora e atingiram o limite de baixa na B3, informa a Agrifatto, referindo-se à movimentação dos contratos negociados na última semana (25-29 de dezembro/24).
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“No físico ainda há indefinição sobre o caminho”, acrescenta a consultoria, referindo-se ao comportamento incerto da arroba no curto prazo.
Segundo a Agrifatto, considerando uma “análise técnica clássica”, a confluência entre aumento do volume negociado (na B3) e queda nos preços (dos contratos futuros), “pode indicar uma reversão do movimento altista”.
“Observamos esse padrão no dia 26/11 (quarta-feira), com um aumento do volume acima da média para o vencimento de dezembro/24, que encerrou a sessão com desvalorização diária de 3,27%, para R$ 344,60/@, rompendo, inclusive, a mínima do pregão anterior, de R$ 349,25/@”, relata a Agrifatto.
Segundo a consultoria, o movimento de liquidação por parte dos vendedores na B3 fez com que todos os vencimentos, após novembro/24, encerrassem com forte desvalorização.
“Entre as máximas e mínimas da semana, tivemos as seguintes variações: -14,94%, -15,95%, -15,57%, – 13,56%, -11,21% e -13,72% para os meses de dezembro/24, janeiro, fevereiro, março, abril e maio de 2025, respectivamente”, destaca a Agrifatto.
O contrato de novembro finalizou sua a participação na B3 convergindo para a média do indicador Cepea (mercado físico), cotado a R$ 351,69/@, informa a consultoria.
O contrato agora vigente (dezembro/24), diz a Agrifatto, encerrou o pregão da última sexta-feira a R$ 319,80/@, menor patamar desde 29/10/2024 – devolveu toda a alta do mês de novembro/24 em apenas uma semana de pregão.
Entre as sextas-feiras (29/11 versus 22/11), a maior desvalorização ocorreu no contrato de jan/25 – queda de 9,48% entre os fechamentos. Fevereiro, março e abril de 2025 também apresentaram quedas – de -8,14%, -8,01% e -8,86%, respectivamente.
Com isso, diz a Agrifatto, os deságios (diferenças) em relação ao mercado físico, que chegaram a bater – 4,5% na semana anterior, atingiram, ao final da última semana, -13,3% (vencimento para maio/25). “Ou seja, o mercado está descrente na manutenção dos preços atuais do boi gordo no primeiro semestre de 2025”, reforça a Agrifatto.
Leve recuperação
Depois da forte queda registrada na quinta-feira, a sexta-feira (29/12) foi marcada por uma recuperação generalizada nos contratos futuros negociados na B3, informa a consultoria.
O contrato com vencimento em março/25, informa a Agrifatto, encerrou o dia cotado a R$ 307,20/@, com valorização de 1,75% em relação ao dia anterior, a maior alta entre os contratos.
Abertura de dezembro
Nesta segunda-feira, o preço nominal médio em São Paulo do boi gordo permaneceu em R$ 355/@, de acordo com a apuração da Agrifato referente tanto o valor do animal “comum” quanto do boi-exportação (o chamado “boi-China”).
Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, o preço médio do animal terminado se manteve em R$ 320,90/@.
Neste momento, segundo a Agrifatto, muitos frigoríficos espalhados pelo Brasil planejam conceder férias coletivas aos colaboradores, “medida que pode pressionar significativamente os preços do boi gordo nos próximos dias”.