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BOI GORDO

Depois da saída do fundo do poço, preços da arroba buscam novas correções

Durante a 2ª semana de setembro, macho terminado e "boi-China" subiram R$ 10/@ em SP, enquanto a novilha gorda teve valorização de R$ 8/@

18 setembro 2023 - 07h31Por DBO Rural

Depois das quedas consecutivas em agosto e o período de estabilidade na primeira semana de setembro, os preços do boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno), do “boi-China” (com prêmio-exportação) e da novilha gorda subiram ao longo da segunda semana de setembro no mercado paulista, destaca nesta sexta-feira (15/9) a analista Nicole Santos, da Scot Consultoria.

“No período, o incremento foi de R$ 10/@ para o boi comum e o “boi-China”, e de R$ 8/@ para a novilha gorda”, contabiliza Nicole, que acrescenta: “O boi destinado ao mercado interno (de SP) voltou a estar precificado acima dos R$ 200/@”.

Assim, a arroba do macho terminado está valendo R$ 205 no mercado paulista, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 210/@ (valores brutos, no prazo).

Por sua vez, a vaca gorda é negociada por R$ 185/@ e novilha gorda vale R$ 200/@, acrescenta a Scot, ainda referindo-se às praças paulistas.

Segundo Nicole, a variação positiva da arroba vem puxada, principalmente, pelo melhor escoamento da carne no mercado interno, pela redução da oferta de bovinos destinados ao abate e pelo bom volume de carne bovina in natura exportada, apesar dos preços menores ao produto destinado ao mercado externo.

Até a segunda semana de setembro, a média diária de carne bovina in natura embarcada foi de 14,97 mil toneladas, aumento de 54,9% em relação à média diária registrada em setembro/22, enquanto o preço pago por tonelada está em US$ 4,48 mil, queda de 25,2% na mesma comparação.

O faturamento médio diário, em dólares, subiu 15,8% comparado ao mesmo período do ano passado, ficando em US$ 67,18 milhões.

No mercado futuro, diz a analista da Scot, após período turbulento e pessimista em agosto, na primeira quinzena de setembro os preços passaram a se recuperar, com os contratos para dezembro chegando a R$ 231/@ (fechamento de 13/9), trazendo certo alento aos produtores.

“As expectativas são de altas nos preços do boi gordo durante o último trimestre deste ano, que é quando, historicamente, o consumo de carne no mercado interno aumenta, puxado pela maior capitalização da população”, prevê Nicole, completando: “Nos últimos três meses do ano, as exportações brasileiras de carne bovina também costumam ter melhor desempenho”.

Dados da S&P Global

Em âmbito nacional, a sexta-feira (15/9) encerrou uma semana movimentada nas negociações de boiada gorda no mercado físico, fomentando repique de altas pela maior parte das regiões produtoras do País.

“O efeito de oferta enxuta e escalas apertadas trouxe correções nos preços da arroba ao longo da semana em curso”, afirma a S&P Global Commodity Insights.

Segundo a consultoria, a dificuldade em compor escalas mais longas deve estimular um cenário de mais firmeza nos preços do boi gordo no curtíssimo prazo.

Porém, afirma a S&P Global, a disponibilidade de boiada gorda no mercado spot foi fortemente impactada diante da redução da intenção de confinamento, tanto para a primeira quanto para a segunda janela de entregas.

“A segunda-quinzena do mês deve apontar para uma manutenção dos preços do arroba, com altas pontuais”, estima a S&P Global, acrescentando: “As indústrias seguirão trabalhando em ritmo de cautela no mercado de boi gordo, ainda preocupadas com o ritmo (devagar) de escoamento da produção de carne vermelha aos consumidores brasileiros”.