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BOI GORDO

Das 17 praças monitoradas, 8 registraram queda na arroba, diz Agrifatto

O boi paulista "comum", informa a consultoria, agora vale R$ 315/@, enquanto o "boi-China" é negociado por R$ 330/@ o que resultou em um valor médio de R$ 322,50/@

14 fevereiro 2025 - 15h35Por Portal DBO
Das 17 praças monitoradas, 8 registraram queda na arroba, diz Agrifatto

Os frigoríficos brasileiros continuam mantendo a mesma estratégia das últimas semanas para a aquisição de boi gordo: as ordens de compras seguem bastante cadenciadas nas principais praças brasileiras e são direcionadas, em parte, aos lotes de fêmeas, produto mais barato que os machos e mais ofertado, por causa do movimento de descarte pós-estação de monta.

Com isso, pelos dados apurados pela Agrifatto, a pressão baixista segue em pleno valor, o que resultou em quedas nos preços do boi gordo nesta quinta-feira (13/2) em algumas importantes praças brasileiras, incluindo São Paulo.

O boi paulista “comum”, informa a Agrifatto, agora vale R$ 315/@, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 330/@  – o que resultou em um valor médio de R$ 322,50/@, considerando as duas categorias.

Nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela consultoria, a média também cedeu, chegando a R$ 296,90/@. “Das 17 praças acompanhadas, 8 registraram desvalorização da arroba nesta quinta-feira (SP, BA, ES, GO, MG, MS, MT e SC); as outras 9 mantiveram suas cotações inalteradas (AC, AL, MA, PA, PR, RJ, RO, RS e TO)”, relata a Agrifatto.

Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, a quinta-feira foi marcada pela queda nos preços das fêmeas terminadas em São Paulo, justamente pelo crescimento de lotes ofertados. Com isso, a vaca gorda recuou R$ 5/@, para R$ 290/@, e a novilha gorda teve baixa diária de R$ 2/@, atingindo R$ 310/@.

Pelos dados da Scot, no mercado paulista, o boi gordo “comum” está cotado em R$ 322/@ e “boi-China” segue valendo R$ 325/@ (preços brutos, no prazo).

Consumo de carne começa a patinar
A demanda de carne bovina no varejo doméstico apresenta retração, tendência intensificada pela chegada da segunda quinzena do mês (período marcado pelo baixo poder aquisitivo da população, devido ao maior distanciamento do pagamento dos salários), informa a Agrifatto.

Em São Paulo, reforça a consultoria, observou-se uma desaceleração nas vendas no varejo de carne bovina e nas distribuições do setor atacadista.

“Esses segmentos, que mantinham um bom ritmo desde o início de fevereiro/25, agora apresentam um declínio nas operações, o que se comprova pela redução dos pedidos para reposição de estoques no varejo”, observa a Agrifatto.

Além disso, no mercado de carne com ossos, há mercadorias acumuladas nos centros de distribuição. “O fraco escoamento levou a um número significativo de devoluções parciais por problemas de qualidade nos produtos, bem como alguns retornos totais por outros motivos”, relata a consultoria.

Tal cenário, diz a Agrifatto, aponta para uma desaceleração no mercado de carne como um todo, tendência que deve se manter ao longo da segunda quinzena de fevereiro.

No futuro, mais quedas
Os contratos futuros da B3 seguem em trajetória de baixa, refletindo um ambiente de pessimismo gerado no mercado físico. O vencimento para julho/25 fechou a sessão de quarta-feira (12/2) em R$ 308,60/@, queda de 1,52% em relação ao dia anterior.