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Com produtividade 8% menor, safra 2023/2024 de grãos fecha em 298,4 milhões de toneladas

Estados paulista e paranaense, além de Mato Grosso do Sul, também apresentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de 2ª safra

13 setembro 2024 - 16h01Por Conab | Companhia Nacional de Abastecimento
Com produtividade 8% menor, safra 2023/2024 de grãos fecha em 298,4 milhões de toneladas

A produção de grãos na safra 2023/2024 será de 298,41 milhões de toneladas, uma redução de 21,4 milhões de toneladas em relação ao volume obtido no ciclo anterior. A diminuição observada se deve, principalmente, à demora na regularização de chuvas no início da janela de plantio, aliada às baixas precipitações durante parte do ciclo das lavouras nos estados da região Centro-Oeste, do Matopiba, em São Paulo e no Paraná e pelo excesso de precipitação registrado no Rio Grande do Sul, sobretudo nas lavouras de primeira safra. Os estados paulista e paranaense, além de Mato Grosso do Sul, também apresentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de 2ª safra. Ainda assim, esta é a segunda maior safra a ser colhida na série histórica da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

De acordo com os dados do 12º e último Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, divulgado nesta quinta-feira (12) pela Companhia, a área semeada está estimada em 79,82 milhões de hectares, acréscimo de 1,6% ou 1,27 milhão de hectares sobre 2022/2023. Já a produtividade média das lavouras apresenta redução de 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare na temporada passada para 3.739 quilos por hectare no atual ciclo.

Dentre as culturas afetadas pelo clima adverso, destaque para a soja, cujo volume total colhido na safra 2023/2024 é estimado em 147,38 milhões de toneladas, redução de 7,23 milhões de toneladas em relação ao período 2022/2023. A queda observada se deve, principalmente, ao atraso do início das chuvas, às baixas precipitações e às altas temperaturas nas áreas semeadas entre setembro e novembro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba, situações que causaram replantios e perdas de produtividade. Só em Mato Grosso, principal estado produtor da oleaginosa, a produção ficou em 39,34 milhões de toneladas, quebra de 11,9% ao se comparar ao primeiro levantamento ou 15,7% ao se comparar com a safra passada. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuva também prejudicou a produção da oleaginosa.

Outro importante produto que também teve consequências do clima registrado ao longo do desenvolvimento do cultivo foi o milho. Na primeira safra, as altas temperaturas e chuvas irregulares impactaram importantes regiões produtoras, como Minas Gerais. No segundo ciclo do cereal, o clima foi mais favorável em Mato Grosso e Goiás, por exemplo. Mas em Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal. Além do menor desempenho, a Conab verificou uma redução na área destinada ao cultivo do grão. Nesse cenário de menor área e produtividade, a colheita total de milho está estimada em 115,72 milhões de toneladas nesta safra, queda de 12,3% do produzido em 2022/2023.