Campo Grande abre as porteiras para a 85ª Expogrande

A pecuária moderna pode ser aliada do meio ambiente, com genética e manejo que permitem abates mais sustentáveis, reforça o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai - Crédito: Lorena Sone

Em Campo Grande, o mês de abril começa ao som dos berrantes, motores e aplausos. A partir da próxima quinta-feira, dia 3, o Parque de Exposições Laucídio Coelho recebe a 85ª edição da Expogrande — uma mistura de feira, festa e vitrine do agronegócio que atrai famílias inteiras e movimenta milhões. Em 2024, foram R$ 580 milhões em negócios. Este ano, o objetivo é bater essa marca.

Em entrevista ao programa “Giro Estadual de Notícias”, o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, explicou que todos os espaços foram vendidos e que o evento cresceu em estrutura e ambição. Ao todo, são 20 leilões, dezenas de palestras, exposição de animais e pelo menos sete grandes shows — de Matogrosso & Mathias a Jorge & Mateus, passando por Chitãozinho & Xororó e Jota Quest.

Mas nem só de música vive a Expogrande. A feira quer ser um retrato do agro moderno e mostrar que o campo está mais perto da cidade do que parece. Para isso, aposta na fazendinha — espaço que recebeu mais de 10 mil crianças no ano passado — e em atrações gratuitas, como os shows nos domingos e na abertura. Os dias pagos terão ingresso a R$ 20, a partir das 15h.

A agenda de negócios também impressiona. O evento começa já com o tradicional leilão da “Sete Estrelas”, referência nacional em genética Nelore. Haverá julgamentos de raças, debates técnicos e o Fórum Lide Agro, que discute os novos rumos do setor, incluindo a produção sustentável.

Em tempos de crise climática, o agro tenta mostrar serviço. O Pacto pelo Pantanal, anunciado recentemente pelo Governo do Estado, será pauta durante a Expogrande. O programa prevê o pagamento por serviços ambientais — R$ 55 por hectare preservado —, buscando valorizar quem cuida da terra.

Segundo Bumlai, a ideia é mostrar que a pecuária também pode ser aliada do meio ambiente. “Hoje, abatemos bois com 18 meses e mais de 20 arrobas, graças à genética e ao manejo moderno”, explica.

Com o lema 'Unindo a História do Agro com a Sua', a Expogrande promete ser mais que um evento, mas uma verdadeira experiência.Com o lema 'Unindo a História do Agro com a Sua', a Expogrande promete ser mais que um evento, mas uma verdadeira experiência. (Foto: Lorena Sone)

Com o lema “Unindo a História do Agro com a Sua”, a Expogrande quer ser mais que um evento — quer ser uma experiência. E, se depender da organização, o difícil vai ser ir embora antes do último berrante.