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Brinco eletrônico, automação na coleta de dados

05 outubro 2009 - 00h00

Identificação animal eletrônica, um método de rastreabilidade mais seguro, rápido e eficaz. Na prática isso significa a automação da coleta de dados. Esse sistema é o proposto para ser usado no Brasil em substituição ao Sisbov.

Entre as empresas que oferecem este tipo de serviço está a Allflex, que nasceu há 50anos na Nova Zelândia, e a 25 está presente no país. A fábrica, que fica em Joinville (Paraná) fornece brincos eletrônicos para todas as Américas.

Segundo diretor da Alflex no Brasil, Didier Simon, a utilização deste sistema de identificação simplifica e agiliza o trabalho na fazenda. “Outra vantagem é a diminuição dos erros em comparação com os brincos de plástico, os quais têm de ser lidos, o peão tem de cantar o número e outro fazer a inserção dos dados. Neste processo pode haver falhas na comunicação e na digitação”, atenta.

O equipamento colocado nos animais é muito simples, se parece com os brincos normais em sua colocação no animal, mas a principal diferença está no que tem dentro, um microchip com um número único no mundo.

Para se fazer a leitura basta o peão aproximar um bastão que emite uma onda de rádio freqüência, essa ativa o chip que envia de volta as informações, repassadas diretamente para um comutador. “Dessa forma o manejo na hora de se coletar os dados é até duas vezes mais rápido”.

Além disso, o sistema pode ser integrado a outros equipamentos já existentes na fazenda, como por exemplo uma balança eletrônica. A Allflex também dá a garantia de compatibilidade com outros tipos de identificação eletrônica.

Benefícios – Didier Simon lembrou da importância da identificação dos animais na hora de vender o produto. Segundo ele, os consumidores, não só os estrangeiros, mas também os brasileiros estão exigindo ter mais conhecimento sobre o que estão levando para a mesa.

“O consumidor diz: ‘eu até acredito que sua carne é boa, mas se você me provasse seria melhor’. Esta é a segurança que alguém que está lá do outro lado do mundo quer, quando compra um alimento”, exemplifica.

Para Simon, o Estado tem se conscientizado de que precisa melhora o controle sanitário e ter mais informação. “O que vai resultar em muitos benefícios”. Conforme o diretor, ter um rebanho rastreado ajuda até mesmo nos momentos de epidemia, como aconteceu recentemente em Eldorado.

“Em caso de problema sanitário, pode se fazer um mapa da contaminação e restringir as áreas de forma precisa”, explica. Dessa forma a área atingida com a perda do status sanitário pode ser bem menor.