O mercado físico do boi gordo manteve preços firmes na terça-feira (21). Segundo o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes dos preços. “No entanto, a dinâmica delimitada aponta para um movimento comedido.
As escalas de abate permanecem encurtadas e seguem como uma das principais variáveis para justificar essa expectativa de elevação dos preços”, diz. Segundo ele, outro aspecto a ser considerado está na agressividade das exportações, com um desempenho bastante favorável neste início de temporada. Preços médios da arroba do boi (a prazo): São Paulo: R$ 334,42 (R$ 333,92 ontem). Minas Gerais: R$ 323,53 (R$ 322,94 anteriormente). Goiás: R$ 323,21, sem mudanças. Mato Grosso do Sul: R$ 327,05 (R$ 326,59 na segunda). Mato Grosso: R$ 319,82 (R$ 319,72 ontem).
O mercado atacadista voltou a apresentar queda em suas cotações. Segundo Iglesias, mais uma vez a queda dos preços aconteceu no corte traseiro, algo compreensível pelo perfil de consumo delimitado para o primeiro bimestre. “A preferência da população tende a recair sobre proteínas mais acessíveis em função de despesas tradicionais que pesam sobre o orçamento familiar, casos de IPTU, IPVA e compra de material escolar. Desta forma, os cortes do frango, embutidos e ovo ganham destaque”, considera o analista. O quarto traseiro foi precificado a R$ 26 por quilo, queda de R$ 0,50 nesta terça. Já o quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,50 por quilo. A ponta de agulha, por sua vez, apresenta alta e foi precificada a R$ 18,70, incremento de R$ 0,20.