A baixa lucratividade na indústria pecuária do Canadá tem refletiu em uma queda de 2,3% no último levantamento do rebanho bovino do país, para 14,8 milhões de cabeças em 1 de julho de 2009 - o quarto declínio anual consecutivo.
O menor retorno econômico aos produtores do Canadá ocorrereu devido às reduções induzidas pela recessão na demanda de exportação, forte competição com outras fontes de proteínas alternativas, contínuas limitações em acessos a mercados, maiores custos associados à dieta e implementação da rotulagem do país de origem nos Estados Unidos. Esses fatores deram sinais claros aos produtores para reduzir os rebanhos bovinos nos últimos quatro anos, de acordo com a Canfax. O número de vacas de corte caiu em 5,6% no último ano, para 4,58 milhões de cabeças - o menor nível desde 1994. A menor queda nos estoques em geral comparado com a queda no número de vacas refletiu em menores exportações de gado gordo e, consequentemente, os maiores estoques de novilhos.
O menor rebanho de vacas resultou em uma queda de 3,4% no número de bezerros esse ano, que restringirá as ofertas de gado gordo mais para a frente. As novilhas de corte para abate aumentaram em 3,9% enquanto as novilhas de reposição caíram em 2,5% - indicando que os produtores canadenses não têm a intenção de estabilizar ou expandir rebanhos no curto prazo.
O número de bovinos canadenses em engorda (em estabelecimentos com 1.000 ou mais cabeças nas províncias de Alberta e Saskatchewan) caiu em 8,4% com relação ao ano anterior, para 631.415 cabeças em 1 de setembro de 2009, 20,3% a menos que há dois anos. As colocações em agosto caíram em 9,6% com relação a 2008, para 172.322 cabeças, de acordo com o CattleNetwork.com.
As exportações de gado entre janeiro e junho de 2009 caíram em 31,7% com relação ao ano anterior, de acordo com o Statistics Canada.
Enquanto isso, a Colômbia anunciou que aceitará as importações de carne bovina do Canadá - o primeiro país da América do Sul a aceitar as importações de carne bovina canadense desde 2003. Essa decisão segue o recentemente assinado acordo de livre comércio entre os dois países.