Notícia publicada nesta terça-feira pela imprensa brasileira dava conta de que a Danone, gigante francesa de laticínios, indústria bastante conhecida dos consumidores, teria anunciado que suspenderia as compras de soja brasileira, alegando que agora compra de países da Ásia, se antecipando a uma regra da União Europeia que exige que as empresas provem que não estão comprando commodities de áreas desmatadas.
Entretanto, ao responder questionamento por email, feito no início da tarde desta terça-feira, 29, pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), assinado pelo presidente da entidade, Guilherme Bumlai, a empresa afirmou que a informação veiculada não procede, garantindo em nota oficial que "a Danone continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais".
O próprio Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) publicou uma nota oficial condenando as declarações da Danone e reafirmando o compromisso do Brasil com a produção sustentável.
O Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), que abrange importações de commodities como cacau, café e soja, estava programado para entrar em vigor em 30 de dezembro, embora a Comissão da UE tenha proposto um atraso de 12 meses neste mês.
A soja é usada em cerca de 5% da ração das vacas leiteiras da Danone, pois os animais são alimentados principalmente com capim ou grãos, segundo afirmação da empresa em seu relatório florestal de 2023.
Veja a íntegra da nota oficial da Danone, assinada pelo presidente da empresa no Brasil, Thiago Santos, e por Camilo Wittica, VP de Assuntos Jurídicos e Corporativos da Danone no Brasil: