Lucros da Cargill têm forte queda em 2009
A americana Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo e forte exportadora do setor no Brasil, registrou lucro líquido global de US$ 489 milhões no segundo trimestre de seu ano-fiscal 2010, encerrado em 30 de novembro. Na comparação com igual intervalo do exercício anterior, quando os ganhos atingiram US$ 1,19 bilhão, houve baixa de 59%.
Com esse resultado, o lucro líquido consolidado da multinacional no primeiro semestre de 2010 caiu 62% em relação ao recorde de US$ 2,68 bilhões do mesmo período do ano-fiscal 2009 e ficou em US$ 1,01 bilhão. Este tombo foi particularmente influenciado pela queda dos ganhos da Mosaic, controlada pela Cargill e que também atua no Brasil.
" A diversificação geográfica e dos negócios da Cargill continuou a demonstrar seu valor " , diz Greg Page, principal executivo do grupo, em comunicado divulgado na quinta-feira. De acordo com ele, a performance nas áreas de ingredientes para alimentos e serviços para agricultura colaboraram para garantir os lucros do segundo trimestre. Com a recuperação da economia mundial, houve avanços também nas áreas financeira e de análise de risco.
Page também destaca que os lucros nos primeiros seis meses do ano-fiscal 2010 foram mais de 50% maiores que no segundo semestre do exercício 2009. O executivo confirmou que foi adotado um plano de redução de custos em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Apesar dessas melhoras, na área de originação e processamento de grãos houve retrações - até porque no primeiro trimestre do exercício 2009 (encerrado em agosto de 2008, antes portanto do aprofundamento da crise financeira global) a Cargill foi beneficiada pelos patamares recordes de preços de commodities como a soja no mercado externo.
No segundo trimestre deste ano, diz o comunicado, a Cargill inaugurou sua sexta unidade de nutrição animal no Vietnã. Na Espanha, começou a operar uma planta de azeite de oliva com um parceria local, e na Argentina ampliou uma fábrica de malte. A empresa também lembrou que fechou acordo para adquirir os negócios de gorduras e óleos vegetais comestíveis da Goodman Fielder, incluindo quatro unidades na Austrália e na Nova Zelândia.