Brasil tenta mudar texto de acordo em Copenhagen
Dilma Rousseff tem uma missão fundamental para o futuro do Brasil hoje: garantir que uma palavra num texto será escrita no singular, não no plural.
Parece absurdo, mas isso ilustra o grau de minúcia e complexidade do processo de negociação do clima. O texto em questão é o que trata de florestas, o chamado Redd (Redução de Emissões por Desmatamento). Países discutem se devem escrever nele a palavra "nível" ou "níveis".
O enrosco ortográfico diz respeito à contabilização dos projetos de Redd. Debate-se se eles serão nacionais (geridos pelo país e abatidos das cotas de redução de emissões nacionais), ou subnacionais (tocados por Estados, municípios, comunidades etc.).
Thelma Krug, negociadora brasileira, diz que projetos em "nível subnacional" são aceitáveis: o Fundo Amazônia, por exemplo, é do governo federal, mas executado projeto a projeto, por vários agentes. Já "níveis subnacionais", implicam em projetos que possam ser usados por países como os EUA para contabilizar redução agregando crédito florestal barato.