Controle de pragas chegará a todo o País
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de diversas instituições públicas e privadas vão montar um grupo de trabalho para definir ações para a disseminação de tecnologias de controle de pragas da soja em todo o País. Este é um dos resultados do worshop realizado nos últimos dois dias na Embrapa Soja, em Londrina. Com a expansão do cultivo da oleaginosa, as informações sobre a cultura devem chegar às mais diversas regiões produtores.
De acordo com Adeney de Freitas Bueno, pesquisador da Embrapa Soja e coordenador do evento, estão disponíveis vários resultados sobre o controle de pragas, que são gerados em centros de pesquisa das regiões tradicionalmente produtoras. "É preciso que os dados sobre o controle sejam referendados também nas novas fronteiras da soja", afirma. Segundo ele, a geração de dados nessas regiões vai engrossar os argumentos de que as tecnologias podem ser adotadas em outras localidades.
"Um produtor de soja de Belém do Pará terá mais segurança em fazer o controle quando houver incidência de praga em 30% da lavoura se houver dados locais", exemplifica Bueno. Os dados, segundo ele, vão convencer os produtores da importância da preservação ambiental. Segundo ele, os pesquisadores pretendem também disponibilizar análises econômicas sobre as tecnologias. "Os agricultores poderão saber quantos reais vão economizar adotando o controle de pragas proposto pela pesquisa", diz.
Do workshop saiu a proposta de criação de um grupo de trabalho. Os pesquisadores devem elaborar um projeto, que será submetido à direção da Embrapa. "Se aprovado, o projeto poderá ser desenvolvido a partir da próxima safra", afirma Bueno.
Participaram do evento em Londrina representantes de várias unidades da Embrapa que atuam na pesquisa da soja, professores da universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM) e Bandeirantes, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, e pesquisadores das fundações ABC, Chapadão e Mato Grosso.