Mercado fecha a semana com "boi-comum" a R$ 320/@ e "boi-China" a R$ 322/@
Os dados de campo foram apurados pela Scot Consultoria, que prevê para a próxima semana um "mercado firme, com a possibilidade de novas altas"
O mercado do boi gordo segue aquecido, com um cenário de ofertas enxutas e escalas de abate curtas, relata a Scot Consultoria, que acompanha diariamente o setor pecuário brasileiro.
Nesta sexta-feira (1/11), a Scot apurou avanço de R$ 3/@ no preço do boi “comum” em São Paulo, agora negociado por R$ 320/@, no prazo, valor bruto.
O “boi-China”, segundo a Scot , fechou a semana com acréscimo diário de R$ 2/@ no mercado paulista, cotado em R$ 322/@ – um pequena premiação de R$ 2/@ em relação ao valor do boi gordo destinado ao mercado interno.
As fêmeas terminadas também subiram R$ 2/@ nesta sexta-feira, em São Paulo, para R$ 307/@ (novilha) e R$ 302/@ (vaca), acrescenta a Scot.
“A expectativa é de que, na próxima semana, o mercado continue firme, com a possibilidade de novas altas”, prevê a Scot.
Dados Agrifatto
Apesar da persistente pressão de alta sobre os preços da arroba, não houve alteração nos preços do boi nesta sexta-feira (1/10), na comparação com o dia anterior.
Na praça paulista, diz a Agrifatto, “boi-China” e “boi-comum” continuam valendo R$ 320 – portanto, pela apuração da consultoria, não existe ágio em São Paulo para o animal tipo-exportação.
Nas demais 16 regiões monitoradas pela Agrifatto, a média do preço do boi gordo se manteve em R$ 299,50/@.
“Pelo segundo dia consecutivo, as 17 praças acompanhadas mantiveram suas cotações laterais”, reforça a Agrifatto (Veja os preços ao final deste texto).
O que o pecuarista pode esperar para os preços do boi gordo em novembro?
Escalas continuam curtas
O volume de animais aptos para o abate não tem sido o suficiente para alongar as escalas de abate, informa a Agrifatto.
Com isso, continua a consultoria, as programações dos frigoríficos brasileiros permanecem em 5 dias úteis, na média nacional – Veja ao final deste texto as escalas atuais em alguns dos principais Estados produtores do País, conforme levantamento semanal da Agrifatto.
Exigência de rastreamento da China
Em uma visita técnica realizada em dezembro de 2023, a China anunciou que exigirá o acompanhamento completo de toda a cadeia produtiva da carne bovina, necessitando o monitoramento do animal desde o nascimento até o abate e a exportação, recorda a Agrifatto.
“Embora essa exigência já tenha sido formalizada nos protocolos comerciais entre os países, ainda não foi aplicada pelos importadores chineses, gerando apreensão na cadeia produtiva de bovinocultura de corte”, observa a consultoria.
Tabela chinesa
Analisando as exportações, relata a Agrifatto, observa-se que os importadores chineses ainda estão se adaptando aos novos preços do dianteiro bovino brasileiro, o que dificulta a concretização de novos negócios, já que os compradores pressionam por uma redução nos valores.
Nesse contexto, o dianteiro destinado à China manteve-se estável, cotado a US$ 5.200 por tonelada.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta sexta-feira (1/11):
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias;
São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de sete dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias.