Alguns negócios chegam a R$ 320/@ em São Paulo, informa a Agrifatto
Com a forte demanda pela carne bovina do Brasil, especialmente para o mercado externo, as escalas dos frigoríficos brasileiros permanecem apertadas e desconfortáveis
Doze das 17 praças acompanhadas diariamente pela Agrifatto registraram valorizações nos preços do boi gordo nesta terça-feira (22/10) – SP, AC, AL, MA, MS, MT, PA, PR, RJ, RO, RS e TO.
Destaque para a praça paulista, onde já ocorreram negócios envolvendo boiadas gordas de R$ 320 à vista, na modalidade de peso vivo com 56% de rendimento, informa a Agrifatto.
No entanto, diz a consultoria, o preço de R$ 320/@ ainda não se firmou como referência.
No caso de São Paulo, a “tabela” do animal “comum” aponta um valor de R$ 310/@, o mesmo preço pago pelo “boi-China”, de acordo com dados da Agrifatto.
Segundo a consultoria, o “diferencial de preço (premiação) entre o ‘boi-China’ (padrão-exportação) e o ‘boi comum’ (mais direcionado ao mercado doméstico) está diminuindo gradualmente e tende a desaparecer em médio prazo”.
Nas outras 16 regiões acompanhadas pela Agrifatto, a média do preço do boi gordo aumentou para R$ 286,45/@.
Escalas apertadas
Com a forte demanda pela carne bovina brasileira, especialmente para o mercado externo, as escalas dos frigoríficos brasileiros permanecem apertadas e desconfortáveis, com uma média de apenas cinco abates por dia em nível nacional, relata a Agrifatto.
Fêmeas em alta
Nesta terça-feira, a Scot Consultoria voltou a detectar elevação nos preços das fêmeas abatidas no Estado de São Paulo.
A cotação da vaca gorda subiu R$ 3/@, para R$ 280/@, enquanto a novilha teve acréscimo de R$ 2/@, chegando em R$ 302/@.
Ainda pelos dados da Scot, o “boi- China” vale R$ 310/@ no mercado paulista, enquanto o bovino “comum” é negociado por R$ 305/@.
Boi futuro sobe geral
No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo registraram valorização na segunda-feira (21/10), informa a Agrifatto, com base em dados divulgados pela bolsa B3.
O contrato com vencimento em dezembro/24 destacou-se ao apresentar o maior ajuste positivo, encerrando o dia cotado a R$ 303,80/@, uma alta de 1,23% em comparação ao dia anterior.
Por sua vez, o papel para entrega em outubro/24 fechou o pregão a R$ 309,70 a arroba, com aumento de 0,41% sobre a última sexta-feira.
Exportações em ritmo forte
As exportações brasileiras de carne bovina in natura na terceira semana de outubro de 2024 alcançaram 74,74 mil toneladas, resultando em uma média diária de embarques de 14,95 mil toneladas, informa a Agrifatto, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Esse volume representa um aumento de 20,95% em comparação com a média diária da semana anterior.
“Com base no total de 176,40 mil toneladas embarcadas nas três primeiras semanas, a previsão para as exportações em outubro/24 foi ajustada para 265 mil toneladas, o que seria o maior volume da história e indicaria um crescimento de 42,23% em relação ao volume obtido no mesmo mês de 2023, as 186,20 mil toneladas”, prevê a Agrifatto.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta terça-feira (22/10):
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de cinco dias;
São Paulo — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abates de sete dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de cinco dias.