Boi gordo

Alguns frigoríficos brasileiros já pagam R$ 305 a 310 a arroba

Cotações seguem rotina de valorizações, um reflexo da baixa oferta de animais terminados, da redução nas escalas de abate e das exportações de carne bovina aquecidas

17 OUT 2024 • POR Portal DBO • 13h01

A tendência de alta no mercado físico do boi gordo continua forte, mesmo com as vendas de carne bovina no varejo doméstico já mostrando sinais de exaustão no início da segunda quinzena, um período tradicionalmente de baixo consumo, relata a Agrifatto.

Segundo dados apurados pela consultoria, nesta quarta-feira (16/10), “alguns negócios de animais terminados foram fechados com preços entre R$ 305 e R$ 310 por arroba nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná”.

Por conta da escassez de oferta de boiadas gordas, 13 das 17 regiões monitoradas pela Agrifatto registraram valorização do boi gordo na terça-feira (15/10): SP, AC, AL, BA, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PR, RJ e SC. As outras quatro praças (MA, RO, RS e TO) registraram estabilidade nas cotações da arroba.

De acordo com a Agrifatto, o baixo volume de animais negociados resultou na regressão das escalas de abate dos frigoríficos, que agora atendem a cinco dias, na média nacional.

Nesta quarta-feira (16/10), continua a Agrifatto, a pressão altista se manteve atuante, elevando o preço do boi gordo em São Paulo para R$ 302,50/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China”).

Nas demais 16 regiões cobertas pela Agrifatto, a média do boi gordo também aumentou, chegando R$ 280/@. “Onze das 17 praças acompanhadas passaram por valorização (SP, AC, AL, ES, GO, MA, MG, MS, PR, RO e SC); as outras 6 mantiveram suas cotações estáveis (BA, MT, PA, RJ, RS e TO)”, observa a Agrifatto.

Scot também identifica reajustes
Nesta quarta-feira, a Scot Consultoria também passou a identificar negócios acima de R$ 300/@ para os animais machos prontos para abate negociados no Estado de São Paulo.

Segundo a Scot, as cotações “boi-China” e do boi “comum” registraram reajuste diário de R$ 3/@ no mercado paulista, enquanto a novilha gorda subiu R$ 5/@.

“O mercado está comprador; a demanda pela carne bovina está firme e a oferta segue reduzida”, observa a Scot. Pelos cálculos da consultoria, a escalas de abate das indústrias paulistas atendem, em média, cinco dias.
Dessa forma, o boi gordo “comum” vale agora R$ 300/@, a novilha gorda está cotada em R$ 292/@, e o “boi-China subiu para R$ 305/@, de acordo com levantamento da Scot. A vaca gorda está apregoada em R$ 267/@, acrescenta a consultoria, ainda se referindo ao mercado de SP.

“Foram relatados alguns negócios acima dos R$ 305/@ para bovinos com bom acabamento de carcaça”, ressalta a Scot.

Futuro recua
No mercado futuro, o contrato com vencimento para dezembro/24 fechou a sessão de terça-feira (15/10) cotado a R$ 302,30/@, com queda de 0,79% em relação ao dia anterior, segundo dados da Agrifatto, baseados em informações da B3.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (16/10):
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$302,50. Vaca a R$275,00. Novilha a R$290,00. Escalas de cinco dias;

São Paulo — O “boi comum” vale R$300,00a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$302,50. Vaca a R$275,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abates de sete dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de cinco dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$265,00 a arroba. O “boi China”, R$275,00. Média de R$270,00. Vaca a R$250,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de cinco dias;