Governo do Estado elabora plano de fomento à cadeia produtiva da pecuária leiteira
Proleite prevê incentivos, programas de melhoramento genético, assistência técnica, ações tributárias, apoio a pesquisa e inovação tecnológica e também na industrialização
O Governo do Estado prepara um conjunto de estratégias visando a melhoria da rentabilidade do setor leiteiro, que passa por graves problemas de liquidez. As medidas incluem desde melhoramento genético do rebanho até apoio à pesquisa e inovação, e chega a industrialização dos produtos. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Rogério Beretta, que participou hoje (04) da abertura do 2° Seminário Estadual do Leite. O evento acontecerá a partir das 13h, no Plenário Deputado Júlio Maia, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).
Na edição deste ano, o tema do evento será “Leite na Alimentação Humana: Mitos e Verdades”. A realização é da Frente Parlamentar do Leite, Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mato Grosso do Sul e Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
“Junto com a Câmara Setorial do Leite já apresentamos ao governador e ao secretário Jaime uma proposta de um plano de fomento a pecuária leiteira, chamado Proleite e este plano traz uma série de programas e ações que visam melhorar a situação do setor”, explicou o secretário executivo Rogério Beretta. A Câmara Setorial do Leite, entidade que é ligada à Semadesc, é responsável por promover o debate dos temas relevantes à cadeia produtiva no estado e encaminhar ao governo do Estado as propostas de projetos e programas que promovam a melhoria do ambiente produtivo e de competição. Através de articulações interinstitucionais, apoia a organização de eventos voltados à promoção dos lácteos, com a apresentação da importância do consumo de lácteos para a saúde das pessoas de todas as idades.
Beretta ainda salientou que o Proleite prevê incentivos, programas de melhoramento genético, assistência técnica, ações tributárias, apoio a pesquisa e inovação tecnológica e também na industrialização. A ideia é que o Plano seja apresentado ainda neste mês.
Durante o encontro que reuniu os deputados estaduais, setor produtivo e empresários do segmento lácteo de MS, os participantes debateram os desafios que a atividade enfrenta no Estado e as perspectivas futuras. O Estado possui mais de 80 laticínios, sendo que mais de 70% da captação é por inspeção estadual e federal, sendo apenas uma de leite UHT. A maioria da produção é voltada para a fabricação de queijos, majoritariamente o mussarela, que representa mais de 45% do volume produzido mensalmente. Há pequenas indústrias com inspeção municipal responsáveis pela produção de queijos.
Atualmente, o Estado tem 12 mil produtores de leite, aproximadamente, que fornecem mais de 90% do leite para as indústrias do Mato Grosso do Sul e parte para o Paraná e São Paulo.
O MS apresenta três polos de produção de leite, localizados nas regiões Leste, Central e Sul, com 30 municípios representando mais de 68% da produção do Estado.
Apoio
De acordo com o secretário-executivo de Desenvolvimento, o Governo do Estado, através da Semadesc, apoia todas as iniciativas que promovam o consumo de lácteos. “Trata-se de uma cadeia produtiva baseada em agricultores familiares e presente em todos os municípios”, acrescentou. Também estiveram presentes ao evento o gestor de bovinocultura de Leite, Orlando Camy Filho o presidente da Agraer Washington Willeman e o presidente da Fundect, Márcio Pereira.