Quinta-feira teve "cara de segunda-feira" no mercado físico de bovinos
Retomada das atividades após o feriado de 1º de maio foi marcada pela lentidão dos negócios com boi gordo, característica típica do primeiro dia da semana
O mercado brasileiro do boi gordo retomou as atividades ontem (2) após o feriado de 1º de maio em “ritmo de segunda-feira”. “Os preços da arroba estão firmes e as escalas de abate dos frigoríficos seguem bem-posicionadas”, destacou a Scot Consultoria.
Com isso, na praça de São Paulo, o boi “comum” continua valendo R$ 2320/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente, conforme apuração da Scot. A arroba do “boi-China” (base SP) está sendo comercializada em R$ 235, com ágio de R$ 3/@ em relação ao animal “comum”.
Exportações recordes
Até a quarta semana de abril, 203,8 mil toneladas de carne bovina in natura foram embarcadas pelos frigoríficos brasileiros, volume, na média diária, 66,6% superior ao computado em abril/23, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“Com alguns dias ainda a serem considerados até o fim do mês, abril deve consolidar um novo recorde mensal”, antecipa Felipe Fabbri, analista da Scot. Segundo Fabbri, abril foi um mês de “preços firmes Brasil afora” (para o boi gordo) e, também, no mercado futuro.
No entanto, continua o analista, maio, historicamente, é um mês marcado por preços menores frente aos valores históricos de abril, puxado pela desova de fim de safra – “um ponto de atenção aos pecuaristas”, alerta Fabbri.