Mercado de grãos

Preço internacional do trigo dispara com saída da Rússia de acordo

Na bolsa de Chicago, cotações do cereal, subiam de US$ 0,35 a US$ 0,45 cents por bushel. Milho e soja acompanham e também operam em alta

31 OUT 2022 • POR Revista Globo Rural • 08h59
Agência Brasil

O preço internacional do trigo começou a semana em forte alta na Bolsa de Chicago (EUA), com a saída da Rússia do acordo de exportação de grãos da Ucrânia trazendo incerteza ao mercado. As altas nos principais contratos variavam de US$ 0,35 a US$ 0,45 cents, a depender do vencimento, por volta de 8h30, com os papeis mais curtos voltando a ficar próximos de US$ 9 por bushel.

O vencimento para dezembro de 2022 subia US$ 0,45 e operava a US$ 8,7450 por bushel. Março de 2023 era cotado a US$ 8,92 (+US$ 0,43) e maio de 2023 estava cotado a US$ 9,01 por bushel (+US$ 0,41).

No sábado, a Rússia anunciou que estava se retirando do acordo fechado na Turquia para garantir as exportações de grãos da Ucrânia pelas rotas do Mar Negro. A decisão foi criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e por lideranças da União Europeia e acentuou as preocupações com os preços globais de alimentos e com a segurança alimentar.

Ao anunciar sua saída, o governo de Vladimir Putin informou ter cerca de 500 mil toneladas de grãos para embarcar no curto prazo e compensar a falta dos produtos originados na Ucrânia. Enquanto isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) tentava encontrar uma solução para salvar o acordo e evitar um novo ciclo de alta de preços de commodities agrícolas no mercado internacionais.

Pelo menos até o momento, o cenário de incerteza tem ditado o ritmo dos negócios no mercado de grão, na Bolsa de Chicago. Por volta de 8h30, o milho para dezembro de 2022 operava em alta de US$ 0,15, cotado a US$ 6,96 por bushel. Março de 2023 subia US$ 0,14 e era cotado a US$ 7,01. E maio de 2023 subia US$ 0,13 e era cotado a US$ 6,99.

Além das incertezas no comércio global, os operadores de mercado em Chicago olham atentamente para os mapas meteorológicos e os efeitos que as condições climáticas podem ter sobre a safra de soja dos Estados Unidos, em fase de colheita, e a da América do Sul, especialmente, a do Brasil, que está sendo plantada. Seguindo a tendência, a soja também subia no início da manhã.

Por volta das 8h30, a soja operava em alta nos principais contratos, com novembro de 2022 negociado a US$ 13,97 por bushel (+0,0975), janeiro de 2023 cotado a US$ 14,06 por bushel (+US$ 0,057) e março de 2023 a US$ 14,13 por bushel (+US$ 0,045).