SOJA

Brasil tem dia de alta nos preços da saca com elevação do dólar

Contratos futuros com entrega em novembro fecharam em elevação moderada

30 SET 2022 • POR Canal Rural • 07h52
Em Dourados (MS), a cotação seguiu em R$ 173,50 - Reprodução

O mercado brasileiro de soja teve um dia de bom ritmo de negócios, apesar da volatilidade de Chicago e dos prêmios mais baixos. A forte alta do câmbio favoreceu a elevação das cotações.

Acompanhe os preços domésticos da soja:

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira (29) com preços em leve alta. O bom resultado das exportações semanais norte-americanas e os relatos de que a produtividade está abaixo da expectativa em partes do Meio Oeste estadunidense deram sustentação aos preços.

Mas os ganhos foram limitados pela queda do petróleo e pelos temores de uma recessão global, que mantém o clima de aversão ao risco no mercado financeiro. A expectativa de ampla safra sul-americana também é fator de pressão, com condições favoráveis de plantio no Brasil.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 1.003.000 toneladas na semana encerrada em 22 de setembro. A China liderou as importações, com 548.700 toneladas. Para a temporada 2023/24, ficaram negativas em 30.000 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 275 mil e 850 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.

Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1o de setembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em igual período do ano anterior. A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 247 milhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado às 13hs, nesta sexta, 30. Em igual período do ano anterior, o número era de 257 milhões de bushels.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 2,00 centavos ou 0,14% a US$ 14,10 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 14,20 1/2 por bushel, com ganho de 4,25 centavos de dólar ou 0,3%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,50 ou 1,33% a US$ 407,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 63,86 centavos de dólar, com ganho de 1,71 centavo ou 2,75%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,80%, sendo negociado a R$ 5,3930 para venda e a R$ 5,3910 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3740 e a máxima de R$ 5,4200.