Tentativas de compra abaixo da referência média por frigoríficos continuam
Em muitos estados, a posição das escalas de abate permanece confortável, oferecendo tranquilidade para que os frigoríficos testem preços mais baixos
O mercado físico do boi gordo segue operando com preços enfraquecidos nesta terça-feira (23). De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, tentativas de compra abaixo da referência média por frigoríficos continuaram sendo registradas.
“Em muitos estados, a posição das escalas de abate permanece confortável, oferecendo tranquilidade para que os frigoríficos testem preços mais baixos. A grande indústria ainda conta com a incidência de contratos a termo, tornando a programação ainda mais tranquila”, diz Iglesias.
O analista ainda destaca que para o mercado do boi gordo vislumbre maior perspectiva de alta dos preços seria necessário um encurtamento das escalas de abate e também um enxugamento dos estoques de carne bovina.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi caiu ainda mais, ficando em R$ 291. Já em Dourados (MS), os preços se mantém em R$ 279. Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo finalizou o dia em R$ 270. Simultaneamente, em Uberaba (MG), preços continuam fixados em R$ 280.
Em Goiânia (GO), os preços do boi ficaram estabilizados em R$ 275 a arroba. Os preços da carne bovina voltaram a cair no mercado atacadista. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela queda das cotações no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.
Os frigoríficos ainda sinalizam para estoques cheios neste momento, colocando um tom pessimista para o curto prazo. O quarto dianteiro do boi teve queda e foi cotado em R$ 16,40. Já a ponta de agulha teve preços de R$ 16,50. Por fim, o quarto traseiro do boi caiu 0,40, tendo preço de R$ 20,80 por quilo.